terça-feira, março 15, 2005

Véu

A imagem de um ser feliz
belo, a me olhar
sem dizer,
este veneno matinal,
entra...

Sonhei muito com ele,
vi luzes confusas,
lúcidas escuridões,
a dizerem coisas,
certas...

Se acordasse entenderia.
a imagem eterna
acompanharia minha mente como um véu,
acariciando minha escolha
por toda a vida:
ela seria meu segredo

A poesia me vem pronta.
sem choque, entra com carinho
amor e ludicidade.
movimento lúbrico, prazer pleno,
vento descontrolado,
existindo sem poeta

Um véu para os olhos,
por de sol e alva.
Um tigre branco, uma moeda:
Zahir, o Rei
Galadriel, a Rainha.
Gata princesa
seu cheiro, suas gatices
e então, tomo forma, tomo vida,
perco o sério, o sono e lembro...

O Aceite.

...e a saudade:
fica como uma pedrinha
preciosa na alma


Paulo Baroukh 1990
pbaroukh@gmail.com