Minha mente turva-se
já não posso me lembrar
teu rosto, teu cabelo, teu cheiro
suor, olhar, mexer, brincar
Só lembro teu nome
símbolo eterno de criação
letras estranhas e sem sangue
coroadas de pleno devaneio
Sonho insone e gosto de álcool
fumaça e carinho na rua
luz do dia, medo, paixão
delícia das delícias
Escolha inevitável, a delícia suprema do ser
e repito entre frases brancas
crescer e ser livre
ouvir a voz da intuição
mas se ela tiver saído
usemos mesmo o instinto
Paulo Baroukh 1990
pbaroukh@gmail.com