sexta-feira, março 18, 2005

Ponto

Apelo à minha pena,
nunca duas vezes a mesma,
porém a de sempre,
que traduza esse momento-portal,
que atravesso,
intradutível, fluente.

A resposta veio:
Meta-palavras,
linguas azuis,
sobre o velho papel em branco.

Na mosca.

Momento-portal,
turvo cristalino,
in verso,
verte suas inevitáveis águas sobre mim-rio,
fluente,
ávido de vida,
átimos de primeiros, de segundos, e de terceiros.

Idade, em tempos de criação,
espaço e territórios virgens,
solo de profunda atração.

Minério bem vindo. Um achado.
Um convite à vida.
Um som, um odor de novo.

Nesse ponto...
bem aqui !


Paulo Baroukh 1997
pbaroukh@gmail.com