O estigma a me olhar nos próprios olhos
alcança minhas pegadas
às quais quer pisar, sem falhas,
chegando exatamente onde estou.
Mais um círculo cumprido, mais uma vitória
em que se coloca o rei de espadas
seguido de um violento cheque-mate:
Uma longa jornada de trabalho.
À minha frente opções que não parecem me pertencer
E a visão que abrange mundos que não são meus.
Ceticamente chamo ao esquecimento
esse deus menor da paixão,
cruel demais por ser humano
poderoso demais por ser deus.
Chegou a hora. Cansei.
Cansado fiquei vaidoso
por acreditar que amanhã é outro dia
por ter a pureza de desejar
que amanhã seja melhor que ontem.
Hoje não existe.
Paulo Baroukh 1988
pbaroukh@gmail.com