segunda-feira, março 14, 2005

A lua repentina e amarela

Seres que ignoram seu destino,
estamos perdidos
eu e você.
E meu amor,
minha asa,
meu canto,
meu lápis,
e meu lamento.

Lamento muito,
e a lua cheia
lá em cima do céu,
branca branquinha,
perdeu todo o sentido.

Baixou por entre os edifícios
da cidade.
Tornou-se branca e amarela
como um imenso queijo bichado.


Paulo Baroukh 1984
pbaroukh@gmail.com