voando ao meu redor e rodopiando, pedindo minha atenção,
como se fossem pássaros perdidos, machucados, sem casa nem asas?
Nuvens na frente, água fluente e abundante,
vagabundeante,
tempos gastos futilmente, preciosamente.Versos imersos, imensos, horizontes incertos.
Ah, mas os ninhos estão repletos de amor,
dúvidas, e horror perante o que vem adiante.
E não se abate: luta. Não se debate: escuta.
Veja como as cores sabem cumprir bem a sua função:
deixa para nós o preto e o branco sem os excluir,e impõe filhotes de um prisma estupefato de leds insanos,
carentes de cuidado a percorrer tanto chão-abismo,
irradiando assim novas luzes a justificar vida.
São palavras, sempre palavras, traduzidas ou criadas,
ventre quente, latente, indigente.A única instância que a miséria não alcança.
Paulo Baroukh 2013
pbaroukh@gmail.com