quinta-feira, outubro 14, 2004

Pântano

Por trás daquele pântano
sobressaem seres mitológicos
gritando vozes fúnebres
som logicamente lírico
formando um vento poético

O ar torna-se azul-sintético
misturando-se ao verde-máquina
do sol na névoa métrica
formando outro vento poético
de seres verde-logicos (mito?)

Quando os ventos ficam túrgidos
de cristais de neve gélidos
encontram-se num violento ímpeto
letal de leves e rápidos
rumores infantis mórbidos

Após movimento fálico
encontra-se uma poesia lúdica
sem métrica, insólita
sem lógica, incógnita
e o sol tristemente adúltero
fazendo doces cócegas
no céu da boca do cérebro


Paulo Baroukh 1982
pbaroukh@gmail.com